1. A Astrologia é o conhecimento que trata das relações entre os movimentos dos astros no zodíaco e suas influências no mundo sublunar, isto é, nas ocorrências terrestres, em especial aquelas relativas à natureza humana.
2. Podemos gerar um mapa astrológico para cada momento, observando-se as posições dos signos, astros e casas para um determinado instante e local de nascimento de uma ocorrência, seja uma ideia ou fato qualquer (Astrologia Horária), uma localidade, cidade, estado ou país (calculada a partir dos dados de sua fundação (Astrologia Mundial) ou, ainda, o mapa de um indivíduo (Astrologia Mundana), cujo principal produto é o Mapa Natal. Esse último, o mais popular, pode informar tudo aquilo que é inerente à vida de uma determinada pessoa.
3. O Mapa Natal será o foco deste curso, embora o conhecimento a ser ministrado possa ser adaptado para os dois outros ramos da Astrologia, a Horária e a Mundial.
4. Hoje a Astrologia é classificada como sendo uma pseudociência.
5. O astrônomo Carl Sagan explica que a “pseudociência é mais fácil de ser inventada que a ciência, porque os confrontos perturbadores com a realidade – quando não podemos controlar o resultado da comparação – são evitados mais facilmente. Os padrões de argumentação, o que passa por evidência, são muito menos rigorosos. Em parte, por essas mesmas razões, é muito mais fácil apresentar a pseudociência ao público em geral do que a ciência”.
6. É notório que a Astrologia se apresenta como um emaranhado de métodos que vem desde a antiguidade e que impossibilita elevá-la ao patamar de ciência. Analisando obras da antiguidade, como as de Abu Ali Al-Khayyat, Sahl ibn Bishr e de Jean Baptiste Morin de Villefranche, apenas para citar algumas, percebemos que na antiguidade os debates acerca das diversas correntes e teorias astrológicas eram intensos, com conhecimentos conflitantes e outros que, de tão complexos, são difíceis de averiguar mesmo com os atuais recursos.
7. Já se foi o tempo em que a Astrologia se mostrava prodigiosa, quando astrólogos teciam intricados cálculos para o desenvolvimento de suas efemérides e desenhos dos seus mapas, a partir dos quais formulavam interpretações e previsões que colocavam o astrólogo em papel destacado naquelas sociedades.
8. Porém, com seu afastamento das universidades no século XVII, a Astrologia não conseguiu acompanhar o desenvolvimento científico, passando a ser alicerçada e construída de acordo com o conhecimento empírico de cada profissional; hoje a confusão é tamanha que faz com que os diversos conceitos empregados na interpretação de um mapa natal não se sustentem diante do menor sopro de uma avaliação estatística, reafirmando sua condição de pseudociência.
9. Ao compararmos com as demais profissões, percebemos que a de Astrologia conta com pouquíssimos adeptos. O Censo da Educação Superior de 2016 feito pelo Inep, apresenta os seguintes números de formandos nos 15 anos anteriores. Nas diversas faculdades de Administração do país, foram formados 1.319.804 profissionais; nas de Direito, 1.217.632; Pedagogia, 861.420; Ciências Contábeis, 451.739; Enfermagem, 430.325; Educação Física, 396.204; Psicologia, 247.888; Medicina, 181.254; Engenharia Civil, 126.702; Ciências Biológicas 108.179.
10. Vale lembrar que cada um daqueles formandos produziu ao menos um TCC. Somam-se a esses trabalhos a multiplicidades de pesquisas de mestres, doutores e cientistas que promovem o contínuo desenvolvimento científico. Mas ao fazermos um levantamento das pesquisas produzidas nas últimas décadas tendo a Astrologia como tema, verificamos que sua grande maioria se prende aos conceitos sociológicos, antropológicos ou históricos da matéria. As poucas que pretendem verificar sua validade do ponto de vista estatístico, invariavelmente apontam para resultados contrários à Astrologia, alimentando o ceticismo que a envolve. As poucas pesquisas de peso, a exemplo da Michel Gauguelin e aquela supervisionada pelo Institute fur Demoskopie, careceram de um método astrológico substancial de interpretação. A segunda, por exemplo, analisou centenas de milhares de mapas sem, contudo, considerar a hora de nascimento dos indivíduos pesquisados.
11. A Astrologia resiste através dos tempos devido à mística que a envolve, lastreada apenas no conhecimento empírico e nos esforços de alguns poucos profissionais, verdadeiros heróis, que buscam estimular o estudo da Astrologia criando pequenos cursos ou escolas, onde repassam conhecimentos acumulados há milênios. Quantos astrólogos são formados por essas escolas anualmente? Cinco, dez astrólogos? E desses, quantos se dedicam exclusivamente à Astrologia? Pouquíssimos, sendo possível contá-los nos dedos das mãos. Existem, sim, profissionais de outras áreas (arquitetos, jornalistas, advogados, psicólogos, terapeutas, etc.) que se dedicam a Astrologia em seus horários vagos, e mesmo esses são escassos.
12. A Astrologia vive seu momento mais perigoso, desde Alan Leo, astrólogo britânico do século XIX. Desanimado com a complexidade da Astrologia e de como ela era inacessível à média dos estudantes, Leo partiu para simplificá-la drasticamente, ao mesmo tempo que acrescentava no conhecimento conceitos religiosos como carma e reencarnação. Ele usou as vastas ligações internacionais da Sociedade Teosófica para publicar, traduzir e divulgar seu trabalho em toda a Europa e América, e foi exatamente nesses países que a Astrologia, com uma nova roupagem, começou a ser reavivada, porém de uma forma espúria e vulgar.
13. Com o advento da internet, pululam postagens em sites e redes sociais daquilo que existe de mais execrável no mundo astrológico. A proliferação de pessoas sem a mínima formação que se prontificam a escrever sobre Astrologia é surpreendente. Fazem afirmações sobre temas complexos sem ao menos conhecer os princípios básicos da matéria.
14. A dúvida sobre a influência das posições dos astros no Zodíaco sobre os assuntos da Terra persiste desde Claudio Ptolomeu, do século II da nossa era. Em Tetrabiblos, Ptolomeu registra que “existem muitas pessoas que rechaçam com falsas as coisas difíceis de compreender: umas são tão cegas, contudo, que dizem que é falsa a primeira das ciências (Astronomia), outras dizem que é falsa a segunda (Astrologia) e, por vezes, desaprovando as duas.”
15. Porém, quando um indivíduo busca a orientação de um astrólogo, se surpreende diante das informações que um mapa astrológico fornece a seu respeito. Interpretar coisas básicas de um mapa e responder as principais questões da clientela parece ser simples até mesmo para um astrólogo principiante, já que existem conhecimentos aparentemente solidificados sobre muitas das configurações astrológicas, especialmente as que tratam da tríade formada pelo amor, dinheiro e profissão. Porém, ao se tentar validá-los analisando simultaneamente um grande número de mapas, eles não resistem a avaliação estatística.
16. Existem lacunas no conhecimento que os livros não conseguem preencher. A literatura astrológica moderna é rasa, repetitiva e meramente comercial. Não se produz novas pesquisas que busquem entender alguns dos conceitos fundamentais da construção e interpretação de um mapa natal.
17. É fato que precisamos desenvolver pesquisas quantitativas visando a sistematização da Astrologia. Talvez sejam precisos mais 200 anos para alcançar tal objetivo. Porém, se despertarmos a atenção da academia, das universidades, essa meta pode ser alcançada mais rapidamente.
18. A partir de nossas pesquisas criamos um algoritmo chamada do Zeus que relacionada dois ou mais astros para produzir interpretações fidedignas. O algoritmo está sendo aplicado em pesquisas para identificar marcadores que identificam profissões, problemas de saúde, riqueza, par-perfeito e até mesmo a cor dos olhos de um indivíduo.
19. Com o algoritmo de Zeus, podemos almejar a precisão em nossas interpretações, fazendo com que a Astrologia torne-se um instrumento que vá além das simples interpretações de personalidade, alvos da moderna Astrologia.
20. Hoje nos sentimos como Steve Jobs e sua equipe, desenvolvendo o computador pessoal na garagem de sua casa, uma ideia que revolucionou o mundo, proporcionando a criação de cursos, industrias e milhares de empregos. A sistematização da Astrologia segue o mesmo caminho. Esperamos sinceramente que você venha a fazer parte deste projeto.
21. Neste Curso Livre de Formação e Pesquisa Astrológica, faremos o maior esforço possível para que Você venha a fazer a interpretação de um Mapa Natal com maestria. Você poderá usar os ensinamentos para seu autoconhecimento ou para ajudar familiares e amigos a entenderem seu papel neste vasto Universo. Também poderá dirigir-se para a profissionalização e ter ação destacada no mercado astrológico. Não exigimos que o aluno tenha perfil de pesquisador. Por isso formaremos astrólogos e também pesquisadores.
22. Claro que a excelência do aproveitamento de muito dependerá de você aluno. Procure estudar e participar com critério e propriedade, seguindo a programação natural do curso. Evite saltar aulas. Assim você desenvolverá um conhecimento sólido. Exponha suas dúvidas e busque comentar cada conteúdo postado. Estaremos avaliando o seu progresso por seus comentários e demais participações.
23. O software oficial para cálculos de mapas durante o curso será o UniAstro. O aluno poderá recorrer a outros para efeito de comparação, análise e crítica da base de cálculos e elementos disponíveis (quantidade de astros, aspectos, etc.) naqueles softwares.